É estranho e ao mesmo tempo nostálgico ver tantos pedaços meus nesse blog.
Me leio e consigo me enxergar em tudo que escrevo. Parece estranho e pode ser mesmo.
Não sou mais a mesma, certamente. Cresci, descamei, quebrei a cara, os pés, as mãos, o coração.
Evolui. Me enxergo diferente hoje. Sou outra, sou mulher.
Mas ainda sou a mesma menina que sente. Essa é a minha palavra, sentir.
Eu sinto tudo. Ao mesmo tempo que sinto, vivo, choro, sofro e volto pra sentir mais.
Continuo com as palavras presas na garganta. Continuo sentindo, os medos, são outros.
Mas sinto demais. Nada a ver com exatidão, com o certo, o correto. Sinto até transbordar.
Vivo transbordando. Acho que nesses momentos estou apta a escrever. Quando não cabe mais em mim. Sou xícara de café quente que transborda. Sou mar. Sou água salgada. Sou líquida.